O desfile da Katty Xiomara arrancou com o habitual carrossel de encerramento em que até a designer saiu dos bastidores a cumprimentar o público. Atónitos e desorientados os assistentes bateram palmas sem saber se o desfile tinha de facto chegado ao seu fim. Após um incómodo silencio a música anunciava que o desfile iria continuar. Um inicio que servia para lançar a reflexão do peso que têm as tradições passadas na evolução futura.
Os
cabelos das modelos, apanhados em estruturas cónicas davam altura às
modelos. Uma reinterpretação do clássico chignon numa colecção que
pretendia reinventar o retro desde uma mira futurista. Uma única madeixa
de cor ornamentava os cabelos, contrastando com a cor natural dos
cabelos das manequins. Óculos pintados no rosto das modelos que
completavam um look de escritório retro futurista.
A
colecção mostrou peças em cores quase que primárias que surgem
aciduladas e marcam blocos de luminosidade e elegância. Azul e preto
dominaram a colecção que foi-se suavizando até chegar aos tons pasteis
do final e pequenos apontamentos de prints florais primaverais. Peças
práticas e sincronizadas que compõem e descompõem-se para permitir a sua
utilização de forma inteligente e divertida. Tecidos esponjosos e
leves, texturados e lisos com acabamentos de renda epeças limpas e
depuradas. Destaca a reinterpretação da capelina em diferentes
comprimentos e texturas, dando destaque aos ombros e ao peito com fechos
laçados.
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