Um registo da morte por assassinato anunciava uma colecção escura, até tétrica em alguns momentos. V!tor admite estar à procura da sua identidade, um processo de maturidade que nesta ocasião passa pela própria morte e ressurreição. O desfile a passo muito lento relembrava aos zombies.
Como
os zombies, os modelos estavam caracterizados para simular feridas e
nódoas. Os cabelos apanhados numa rede que parecia pretender querer
preservá-lo para a posteridade, eram lisos e penteados com risco ao
meio. Os homens com cortes curtos e muito masculinos estavam penteados
com um risco marcado ao lado direito. Em muitas saídas os cabelos
estavam tapados por chapéus reinventados que conseguiam ter até 3
viseiras.
Na
roupa domínio total do preto e das silhuetas oversize. T-shirts e
camisolas largas, rasgadas e desfiadas para simular o passo do tempo
pelas peças deixando à mostra a pele das modelos que contratava com o
preto das peças. Calças extremamente justas para eles e elas numa
colecção que utiliza a malha de algodão como tecido base. Aplicações com
símbolos motoqueiros que conferem urbanidade a umas prendas que querem
ser underground.
Como
curiosidade os tocados dos modelos, a modo de véu, que em alguma
ocasião dificultava-lhes o passo, confirmando que a moda às vezes é
perigosa.
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