A nota de imprensa já
avisava-nos que os samurais eram a inspiração da colecção e
desde o inicio a ideia ficou clara para todo o mundo. Musica de tambores
e sinos trasladavam o espectador a um mundo oriental onde o antigo
guerreiro da aristocracia japonesa voltava à vida.
Os
cabelos, apanhados para não interferir no campo de visão da guerreira,
apareceram na passarela em rabos de cavalo altos e brilhantes. Nos
laterais da cabeça, como se fossem verdadeiros ornamentos de guerra,
aplicações de metal cobriam tranças que nasciam na franja e acabavam no
rabo de cavalo. Um efeito "icing" no topo da cabeleira para controlar e
disciplinar os cabelos.
As
peças que desfilaram sobre a passarela recriavam os antigos kimonos,
silhuetas oversize para um look descontraído e confortável. Os casacos,
como verdadeiras armaduras que protegem o guerreiro que as veste,
tinham solidez e força. As saias, de linha evasse, como as dos antigos
samurais não mostravam o joelho das modelos. Camisolas e vestidos com
aplicações de malha metálica que conseguiam abrir um parêntesis na
monocromia do desfile, maioritariamente preto e ocre. Cor que também
apareceu com a chegada do lavanda e do cinza mescla que davam suavidade a
uma mulher guerreira e forte. Os sapatos, com aplicações de lã,
relembravam os bois da Mongólia. Um detalhe que não passo desapercebido a
ninguém.
Um
especial menção merecem as jóias de Olga Noronha. Estruturas que
cobriam as modelos como verdadeiros escudos de alguém que sai ao campo
de batalha.
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