sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Filipe Faísca - 11.10.2012


O desfile que encerrou o primeiro dia desta edição de ModaLisboa foi o de Filipe Faísca, provavelmente o mais esperado e frequentado do dia.  Uma colecção que começou com sons de motas e da natureza para envolver o público no conceito do criador: os limites.  Uma reinterpretação das silhuetas e tecidos mais clássicos, reinventados até extremos.  O espírito mais boho dos anos 60 e 70 revisitados desde a experiência de quem vive no novo milénio.  Faísca fechou o desfile com o carrossel mais animado do dia, e provavelmente desta Edição, liderando uma conga ao ritmo de jazz.

Os cabelos das modelos apareceram volumosos e com muita textura.  Apanhados baixos com uma cuidadíssima falta de cuidado em não apanhar todos os cabelos deixando algumas madeixas livres. Cabelos ripados para dar dramatismos ao penteado.  Uma revisão do clássico apanhado desde um enfoque muito mais moderno.  Algumas modelos utilizaram fitas e boinas para evocar o espirito mais hippie de Woodstock.

A colecção de Filipe Faísca foi um retorno aos anos 60 e 70.  Silhuetas largas, em mousselinne, georgette, duplo creppe num jogo de plissados e assimetrias que ressaltam a feminidade das modelos ao caminhar.  Os primeiros manequins inspiraram-se no espírito de Woodstock, óculos escuros e padrões geométricos em azul, cinza e coral de jersey em seda.  Depois surgiram vestidos em vermelho, amarelo e preto com aplicações plissadas e folhos que relembravam colecções vistas recentemente em outras passerelles.  Padrões de serpente em preto e azul petróleo faziam a conexão entre o desfile e os sons da natureza que se ouviam no Pátio da Galé.  Fechou o desfile uma sensual Marylin num sensual top-less que levantou mais de um aplauso do público.

Filipe Faísca apareceu no final liderando as suas manequins ao ritmo de jazz enviando todos os assistentes para casa com um grande sorriso.

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