segunda-feira, 12 de março de 2012

Backstage - 11.03.2012


Os 6 desfiles do dia 11 deram o ponto final à 38 Edição da ModaLisboa com colecções arrojadas, diferentes e bem estruturadas.  Os cabelos, como sempre penteados com produtos L'Oréal Professionnel, desfilaram sobre a passarela dando o toque final a propostas visuais muito atractivas.

O dia começou com a naturalidade e ingenuidade do rapaz que sonhava ser como o Rock Hudson do Ricardo Andrez.  Totalmente oposta foi a proposta da dupla Marques' Almeida que apresentaram looks de rapariga underground com cabelos efeito molhado e madeixas definidas e coladas.  Ricardo Dourado colocou jovens de bairro sobre a passarela com cabelos lisos e uma pequena crista de textura que nascia na franja e morria nas costas.  Pedro Pedro apresentou tranças grossas para dar inocência a uma mulher urbana.  Alexandra Moura escondeu os cabelos por baixo de tocas de mergulho.  Filipe Faisca apresentou apanhados com grandes volumes e texturas.

Os cabelos foram, mais um dia, uma parte fundamental das colecções reafirmando que trata-se de um verdadeiro acessório de moda. 

domingo, 11 de março de 2012

Filipe Faisca - 11.03.2012

A proposta de Filipe Faisca foi sem dúvida a mais teatralizada de todas as colecções da 38 Edição da ModaLisboa.  Ao chegar ao nosso lugar um rolo de papel higiencio (da marca sponsor do desfile) nos aguardava com a mensagem do conceito "Eu luto, tu luto, ele luto, nós luto, vós luto, eles luto".  Uma colecção à volta do luto, da perdida de alguém e o respeito pela sua memoria.  Uma forte tormenta, de luzes e sons, caiu sobre o Pátio da Galé para despedir esta Edição da ModaLisboa.

Os cabelos da colecção apresentaram-se em apanhados com volume e textura na parte superior da cabeça.  Os laterais apanhados com disciplina próximos â cabeça de forma que toda a atenção centrava-se no toupet da modelo.  Tapando os cabelos, lenços de plástico preto, um tocado à antiga para uma mulher que acaba de perder a um ser querido.

A colecção apresenta silhuetas estruturadas e muito justas ressaltando a feminilidade das modelos.  Sensuais transparencias que deixavam pouco à imaginação assim como vestidos de renda davam um toque sexy à proposta de Faisca. As peças foram em preto com poucas excepções feitas ao camel e ao beige.  Padrões de folhas adronaram algumas peças.  Os materiais desta colecção foram mousseline, crepe, georgette eláticos, crepe em seda, viscose, cabedal e renda. 

O final do desfile foi em conjunto como quem anda a seguir o carro funebre, no luto mais sensual nunca antes visto.  

Alexandra Moura - 11.03.2012

A colecção Outono-Inverno da Alexandra Moura recebe o nome de "Agri...Doce", um conceito que pretende a fusão do urbano com o rural, em que os pormenores se fundem e entram num equilibrio perfeito.  O agrio vem das linhas mais pesadas e estruturadas, predominantemente pretas, numa vertente mais urbana e contemporânea.  O doce da colecção são as linhas e os detalhes mais românticos, tecidos florais e alguns apontamentos de rosa claro e branco que trazem ma vertente mais rural.

Os cabelos desta colecção, masculinos e femininos, desfilaram dentro de tocas de banho de borracha preta.  Minimalismo na sua máxima expressão para não distraer a atenção da roupa.

As peças mostraram um jogo de opostos subtis: calças justas em pele trançada/casacos de corte masculino, linhas estruturadas/cortes românticos, tecidos pesados/movimentos ligeiros, partes superiores largas/calças lapis justas, pernas curtas/mangas compridas.  

A silhueta encontra também na oposição à sua definição, as linhas rectas que se descolam do corpo confrontam.se com detalhes românticos como culottes com aplicaçoes florais.  Os materiais variam da lã à seda, pasasando pela napa, devoret, jersey e ganga encerada.  A cor estrela da colecção é o preto seja lustroso, mate, seco ou sedoso.

Uma colecção que na confrontação encontra a harmonia necessaria para agradar.



Pedro Pedro - 11.03.2012

A colecção de Pedro Pedro recebe um nome que explica a essência de uma colecção à volta do conceito "Urban Mix".  Uma proposta com o lema de ver, absorver, actualizar e criar.  Partindo do workwear para chegar à couture numa colecção de clara inspiração urbana nas formas, materiais e accesórios.

Os cabelos de Pedro Pedro apareceram sobre a passarela na forma de tranças grossas que se deslizavam pelas costas das manequins.  A trança nasce à altura da nuca de forma descontraida e natural para conseguir o visual de uma mulher pragmática.  Cabelos ligeiramente indisciplinados acrescentam naturalidade às modelos.

As peças apresentaram um jogo de oposições nos materias: misturas de tecidos clássicos com acabamentos tecnológicos, tweed e brocados ganham texturas aborrachadas.  As formas são curtas mas soltas, casacos de corte masculino sobre femininas minis.  As saias apresentaram-se em linhas A, os blusões blue collar worker com golas oversize.  Malhas extra grandes à procura de comforto e protecção.  

As cores do desfile foram quentes e sobrias, o preto hegemónico do inicio cedeu a azuis royal, tijolo, canela, beige e branco para fechar a colecção.  O estampado fotográfico com motivos florais apareceu em sedas crushed de saias, vestidos e casacos.  Aplicações de pelo em vestidos que conjugam-se com sensuais plissados para uma mulher actual. 

A colecção de Pedro Pedro foi simples e práctica, o que se pretende do prêt-à-porter.

Ricardo Dourado - 11.03.2012

"Rioters" é o nome da Colecção Outono-Inverno do Ricardo Dourado, um nome que marca a atitude da roupa e dos modelos. Uma colecção que se inspira no hip hop e na cultura do ghetto para colocar sobre a passarela peças com silhuetas largas e detalhes "bling" em dourado como as clássicas estrelas dos carros Mercedes que muitas vezes acabam por enfeitar casacos de jovens.  Simbologia militar nos estampados para vestir uma tribo guerreira.

Os cabelos para Ricardo Dourado foram lisos e compridos. Uma madeixa de cabelo com textura nascia na franja e acabava nas costas. Cristas de cabelo cardado para conseguir volume. Os homens usavam os clássicos "beanies" para tapar a cabeça.

A roupa de Ricardo Dourada é jovem, divertida mas sobre tudo é inteligente. Camisolas com volume, super posições de peças e coletes com cortes vestem jovens "de bairro".  Os fechos, brilhantemente dourados, acabam em estrelas de carros num simbolismo evidente ao amor pelas marcas no ghetto.  Roupa escura em que o preto marcou o ritmo e abriu-se apenas para o azul eléctrico.  Propostas de tecido tratado para conseguir tons metalizados brilhantes que davam o toque "ghetto-fabulous" para as noites.  Coletes de dimensões extra grandes para fazer casacos compridos.  Bombers com aplicações de pele e calções por cima de leggings largos para um aspecto de guerreiro. 

A música, em colaboração com André Granada, foi um factor chave para o sucesso da colecção. Azelia Banks e  Zebra Katz, as musicas que animaram as colecções parisienses criaram a atmosfera perfeita. O desfile fechou com "We found love" de Rihanna e ainda bem que nos também o encontramos na colecção de Dourado.

Marques' Almeida - 11.03.2012

A dupla jovem de designers apresentou uma colecção à volta de três únicas cores: preto, verde e cinzento. Uma proposta â procura de um código de vestuário cru, juvenil, cool e espontâneo.  Uma rapariga que habita um contexto suburbano poluído. 

Os cabelos das modelos caiam sobre as costas com efeito molhado e uma ligeira textura como se tivessem acabado de sair do banho.  Cabelos com madeixas definidas e marcadas, cabelos colados e brilhantes. Um look apropriado para quem frequenta as raves electrónicas que os designers levaram até à biblioteca da Câmara Municipal.

A roupa, exclusivamente feminina, apresentou repetições e reinterpretações de peças semelhantes. Calções de comprimento e largura masculina, capas com capuz que deixavam um ombro à mostra e tops assimétricos com silhueta A que revelavam as costas das modelos num ginho à feminilidade oculta trás visuais agressivos. O preto domina as peças com bainhas desfiadas em amarelo ácido. Lã, linho e denim para roupas estatregicamente rasgadas e desestruturadas. Destacam malhas de mohair feltradas e surde com efeito desgastado.

Uma colecção que faria o gosto de mulheres como Lisbeth Sallander, protagonista de um recente blockbuster.

Ricardo Andrez - 11.03.2012

Uma carta de admiração a Rock Hudson escrita pelo Pedro Vaz Simões marca o ambiente desta colecção. O desejo de um menino que quer ser igual de grande e forte que o actor. 

Homens penteados com risco ao lado e secos de forma natural. Rapazes com ar de inocência e ingenuidade. Um aspecto limpo e apenas trabalhado para não roubar protagonismo às peças.

A roupa, de corte de alfaiate clássico mas actual ao mesmo tempo. Casacos de corte artesão, cardigans e camisolas de malha que se prolongavam até adquirir a forma de vestidos. Os calções, muito curtos, de spandex similar aos dos desportistas mas com detalhes que os convertiam em peças de vestir. As calças, longilineas acabavam onde nasciam as botas de montanha, calçado por excelência do inverno.

As cores bordeaux e vermelha deram inicio para depois evoluir em uma suave nuance salmão. O amarelo mostarda cumprimento desde ligeiros apontamentos de alegria em roupa marcadamente invernal.  Levantaram mais de um olhar as aplicações de pailhettes extra-large em camisolas e capas que tornavam o rústico em futurista.

Uma colecção clássica mas trendy, em que cada saída era uma grata surpresa.

Backstage 10.03.2012

 O terceiro dia da 38 Edição da ModaLisboa foi um dia longo e cheio de moda.  Sobre a passarela tivemos oportunidade de ver colecções estruturadas e bem elaboradas que conseguiam passar uma mensagem: a visão do criador para a próxima temporada Outono/Inverno.

Sobre a passarela vimos propostas de cabelos que serviam para completar os visuais pretendidos.  Para Valentim Quaresma e para Os Burgueses o próximo Inverno vem com apanhados elaborados, com volumes e texturizados.  Daniel Dinis optou por esconder os cabelos do frio.  Maria Gambina mostrou cristas louras platinadas nas suas modelos femininas.  Os homens de Piotr Drzal, Miguel Vieira e Nuno Gama penteiam-se com um marcado risco ao lado.  As mulheres de Nuno Baltazar e Miguel Vieria vestem rabos de cavalo disciplinados e sensuais.

O mundo dos bastidores costuma ser o segredo melhor guardado de qualquer evento de moda.  Encontre aqui o seu acesso exclusivo a todo o que aconteceu por trás do palco no terceiro dia da 38 Edição da ModaLisboa.

Todos os modelos da 38 Edição ModaLisboa são penteados com produtos L'Oréal Professionnel.

sábado, 10 de março de 2012

Nuno Gama - 10.03.2012

"BE GOD'S" é o nome da colecção apresentada pelo Nuno Gama na 38 Edição da ModaLisboa.  Uma colecção que pretende apresentar guerrilheiro de uma constelação nobre revestidos para se diferenciarem, numa poderosa missão de evangelização de estilo e atitude.  Homens fortes, poderosos que transmitem capacidade de mudança e evolução.  Um desfile de homens musculados tapados pelas exigências da estação gelada em que se situa a colecção.

Os cabelos desta 'gang' de bons rapazes apresentam-se penteados com um risco ao lado para conseguir um ar de inocência e santidade.  O cabelo está colado à cabeça dos modelos e tem um acabamento extra molhado para dar mais brilho.  Discretos caracóis formam-se nas franjas para um look de bom menino que nunca fez mal algum.

A colecção apresentou materiais luxuosos e coordenados para um homem amadurecido, seguro de si e cada vez mais cuidado.  Uma sensualidade marcadamente viril vestida de veludo, caxemira, lã e algodão com acabamentos técnicos que dão um toque especial às peças.  O blazer torna-se indispensável, com camisa ou malha de materiais luxuosos.  As calças continuam justas para prolongar a silhueta masculina.  Samarras, grandes sobretudos e grandes golas de raposa que para além de proteger contra o frio emolduram o rosto.  As cores desta colecção são escuros: azul china, petróleo, garrafa, chocolate e bordeaux.  Ligeiros e tímidos cheiros a mostarda para dar energia às peças.

Tal como o designer, o homem de Nuno Gama também amadurece e ganha seriedade e sobriedade no seu dia a dia.

Nuno Baltazar - 10.03.2012

"Someday he'll come along, the man I love. And he'll be big strong, the man I love. And when he come my way, I'll do my best to make him stay."

Esta era a letra da musica que acompanhou o desfile do Nuno Baltazar, uma declaração de intenções que anunciava mulheres sexys, confiantes e determinadas a não deixar escapar o seu homem. Baltazar interpreta a condição feminina e os seus múltiplos contrastes numa colecção coerente e com forte presença do ADN da marca Baltazar.

Os cabelos apareceram em rabos de cavalo baixos, disciplinados e com um efeito gelado para dar brilho e controlo.  O rabo de cavalo construía-se com três madeixas de cabelo previamente enrolado, obtendo assim um máximo controle e rigidez no penteado. Uma mulher feminina e controlada, segura e confiante.

A silhueta é o ponto de foco da colecção e nasce em linhas H, coccon e soleil. Um especial trabalho dos ombros e mangas em todas as peças. Telas clássicas de Ottomans, espinhas e sarjas em misturas de algodão, lã, viscose e seda natural. Pailhetes e canutilhos para dar luz às peças pensadas nas noites de inverno.

A colecção passa por todas as prendas femininas, desde vestidos a calças passando pelos obrigatórios onepiece.  Ombros estruturados e volumosos apresentam-se às vezes de forma singular revelando a pele nua da modelo.  Vestidos compridos com decotes coração em seda são uma peça obrigada que Baltazar reinterpreta em todos os seus desfiles. Os acessórios, malas e stilettos em castanho com toques dourados completam uma proposta redonda.

Nuno Baltazar cumprimentou ao publico dando uma volta completa ao percurso e foi recebido com aplausos e gritos de parabéns.

Miguel Vieira - 10.03.2012

Miguel Vieira recebeu os seus convidados com uma grande lua azul projectada na parede e o som de uma viola espanhola. Assim apareceu a primeira silhueta, cintura marcada e um vestido comprido que arrastava qual "bata de cola" flamenca.  A passo desafiante a modelos avançava pela passarela com atitude toureira. Pretos jatos e brocados dourados levariam os espectadores a uma distante Alhambra.

Os cabelos das mulheres em sensuais rabos de cavalo que desciam pelas costas dando sensualidade a decotes sugestivos. Cabelos disciplinados e brilhantes com riscos ao lado para os homens que conseguem através do gel um efeito molhado.

As peças femininas sensuais sem cair na vulgaridade. Aplicações de pelo preto e comprido nos punhos, golas ou até em forma de saias davam um glamour à proposta.  Vestidos justos, próximos ao corpo em silhuetas femininas.  Desfilaram capas de veludo por baixo das quais apareciam luvas de couro brilhante em verde e castanho. O dourado envelhecido fez a sua aparição num vestido e acabou por assumir a liderança para a noite.  Saias de tubo e calças lápis inteligentemente cortadas na parte traseira para mostrar o salto e garantir o conforto ao andar.

Os homens de Miguel Vieira são homens clássicos, poetas dos anos quarenta que não abandonam as peças do alfaiate. Blazers justos de dois botões com um lenço de renda no bolso e um clipe na lapela. O laço rouba o espaço à gravata para dar elegância às propostas. As calças de algodão jersey mostram um carácter urbano que se reafirma na forte presença de sapatilhas. As cores para o homem são verde escuro e azul petróleo, intensos e misteriosos, em veludos e algodões. Camisas brancas de popelina sem excepção.

Miguel Vieira cumprimentou aos presentes e caminhou até ao fim da passarela confiante de ter feito um óptimo trabalho.

Piotr Drzal - 10.03.2012

O estilista convidado a esta edição da ModaLisboa apresentou uma nova silhueta ecléctica que surge da combinação de inspiradoras fotos de futebol americano com uma versão futurista do gentleman look.  Um jogo rápido, como composições, conjuntos e possibilidades de escolha, sem restrições e com muita animação para um outono/inverno livre.

Os cabelos das modelos estavam apanhados em chignons de bailarina, altos e disciplinados. Os homens com risco ao lado esquerdo e com uma suave onda na franja que dava movimento ao cabelo. Chapéus de asa larga adornavam as cabeças de homens e mulheres.

A colecção mostrou silhuetas femininas longas e sensuais. Transparências em crepe branco e preto que se dissimulavam com casacos de ombros largo em roxo e fucsia. Calças lápis e saias de tubo juntas à figura feminina completavam a proposta.

Os homens, que predominaram nesta ocasião, apresentaram camisas sem golas, reinventadas de forma arquitectónica para unir os dois ombros sem rodear o pescoço. Calcoes ate os joelhos com meias puxadas ate ao seu encontro, ou por cima de leggings.  Interessante a reinvenção do clássico anorak que apareceu em cortes mais slim em forma de bombers, casacos 3/4 e ate camisolas. Fatos coloridos com ombros largos que arredondavam a figura masculina.

Piotr foi o convidado ideal de qualquer anfitrião: chegou, foi agradável e sobe ir-se embora antes resultar cansativo.

Maria Gambina - 10.03.2012

 A estilista Maria Gambina apresentou "Otherness" uma colecção inspirada nos desportos invernais. Jogadoras de hockey caminharam na passarela com saltos inspirados nos patins. A silhueta masculina utiliza ombreiras para ganhar largura e força. Assenta numa reversão nos materiais: materiais citadinos, como fazendas e lãs, surgem-nos em peças streetwear, e materiais técnicos aparecem-nos em peças citadinas, como o blazer e o vestido.

Os cabelos mais uma vez permaneceram ocultos por baixo de  bandoletes de lã que mostravam apenas uma crista de cabelo louro platinado. Os poucos cabelos que vimos apresentaram-se lisos mas texturizados para conseguir um efeito molhado por baixo de chapéus e capuzes.  Os homens também desfilaram com chapéus de lã com um engraçado pom-pom.

A roupa reinterpretava as fardas dos jogadores de hockey, desde os casacos até as ombreiras.  Silhuetas em "Y" onde o muito curto e o extra-large se conjugam.  Preto e cinzento juntam-se em tranças que recorriam a parte frontal de vestidos e casacos.  Capas com uma única maga servem de abrigo do frio.  Sobre as peças de algodão faziam aparição impressões de equipamento desportivo.  A cor teve presença em coral, o tom de pele, o vermelho luminoso e o azul Royal.

Para os homens casacos estruturados com ombreiras que alargam a figura. Camisolas de jersey com aplicações de pele para embelezar as peças. Fios de lã aplicados sobre o peito presos por um cinto trançado do mesmo material. Calções largos sobre leggings de pele para não deixar nada à mostra.

Maria Gambina mostrou uma proposta original, consistente que passou a mensagem pretendida.

Daniel Dinis - 10.03.2012

 O terceiro desfile do dia correu ao cargo do Daniel Dinis, um desfile exclusivamente masculino para um próximo inverno frio. A colecção recebe o nome 13, e toma a reciclagem como ponto de partida para mostrar um pouco de Tibete e "Siddhartha" de Herman Hesse e o desejo de serenidade.  Serenidade de uma vida nómada num mundo que perdeu a sua simplicidade e ritmo. 

Os cabelos dos homens do Daniel Dinis ocultavam-se por baixo de capuzes e chapéus de lã. Protecção contra o frio da estação gelada.

As proposta foi maioritariamente em tons cinzentos e azuis, com pequenas concessões ao laranja e ao azul eléctrico em fechos e forros das peças. Originais camisolas de malha construídas a base de retalhos prensados de restos de colecções anteriores para dar tridimensionalidade às peças e transmitir a ideia de reciclar.  Peças de lã, sarja de algodão encerada, rib jersey, jersey de lã e popelina de algodão. 

Silhuetas largas que escondem o corpo de um moderno homem das neves.

Os Burgueses - 10.03.2012

 A colecção da dupla Os Burgueses chama-se "Home" e encontra a inspiração na historia do Pequeno Príncipe, perdido à procura de um lugar ao qual chamar casa e acompanhado pela rosa, a sua única amiga. E como O Pequeno Príncipe, os cowboys são homens sem lar, que percorrem o deserto para inspirar esta colecção.

Os cabelos da colecção estavam apanhados e penteados em tranças que nasciam na raiz e caiam suavemente sobre as costas. Tranças laterais adornavam os ombros das modelos para completar um look com ar de western americano. Um jogo de volume e textura dava altura as modelos igual que as dançarinas dos saloons do oeste americano. Os modelos masculinos desfilaram com cabelos curtos, penteados de forma desestruturada, como os cowboys.

A colecção, a ritmo de musica country, foi uma sucessão de looks inspirados no mundo cowboy. As primeiras propostas totalmente elaboradas em couro preto rendiam homenagem ao perfeito. Fechos cruzados, lapelas assimétricas e ombros marcados. Aos poucos a pele deu passo ao tecido, algodão fino que formava vestidos e camisas. O preto virou branco e começou um inteligente jogo de color blocking em camisas e vestidos. Uma mala, nas costas de um modelo, abriu passo ao vermelho das rosas para dar cor à colecção.

Uma colecção forte com uma historia bem contada. Mais um sucesso para a dupla Os Burgueses.

"Onde quer que esteja, se estiver contigo, estou em casa."


Valentim Quaresma - 10.30.2012

 "Vírus" é o nome escolhido por Valentim Quaresma para a sua colecção que marcava o inicio do dia grande da 38 Edição da ModaLisboa. Um arranque forte que soube estar à altura das circunstancias. Uma colecção que pretende implantar na cabeça do espectador, como se de um vírus se tratasse, através da repetição de imagens

Os cabelos apareceram ao som de um violão colocado no inicio da passarela para criar uma atmosfera envolvente que favorecesse a implantação do "vírus". Apanhados em trabalhos minuciosos e detalhistas os cabelos davam forca ao visual. Estrutura e textura juntam-se para criar sete visuais urbanos.

A proposta do Valentim consistiu em torsos nus que cediam todo o protagonismo às diferentes peças ornamentais. Mascaras metálicas cobriam o rosto dos homens, atuendos de um guerreiro moderno. Para elas as mascaras nasciam dos ombros para forma colares e tops assimétricos utilizando peças metálicas.  Costas com espinhas para mulheres dragão, fortes desde uma posição naturalmente frágil do corpo despido.


Backstage ModaLisboa - 09.03.2012


Durante o segundo dia de desfiles nas tendas da Praça do Município tivemos oportunidade de ver  4 diferentes propostas de penteados.  Em todos os casos os cabelos eram uma extensão do look total que ajudava a culminar a ideia que o estilista tentava transmitir ao seu público através da colecção. Mais uma vez evidenciou-se que os cabelos são um acessório de moda.

 V!tor - As manequins de V!tor pretendiam ser pessoas mortas que acordavam do eterno descanso para desfilar entre os assistentes.  Cabelos lisos com risco ao meio em apanhados baixos presos com a ajuda de redes de nylon.  Os homens com marcado risco ao meio à moda antiga.  Chapéus e véus taparam em muitas ocasiões os cabelos e rostos dos modelos.

 Katty Xiomara - A reinvenção futurista do universo retro da designer passou por uma proposta de cabelos apanhados em originais estruturas cónicas no topo da cabeça.  Uma reinvenção, com um toque ligeiramente cartoon, do clássico chignon de assistente de escritório.  Uma única madeixa de cor para contrastar com o cabelo natural da modelo que dava esse toque futurista.

 Dino  Alves - A colecção baseada no jogo de luzes e sombras trasladou-se também aos cabelos dos modelos.  Pedaços de popelina preta cobriam os cabelos, apanhados próximos do couro cabeludo, e pareciam flutuar à volta das cabeças dos manequins como ideias escuras que nunca chegam a materializar-se.

 Ricardo Preto - Uma mulher em contacto com a natureza foi a proposta do estilista.  Cabelos com extensões penteadas em rastas para formar descontraídos apanhados nas cabeças das modelos.  O resto do cabelo, preso num chignon que ocultava-se por baixo de rastas atadas entre si.  Modernas e sensuais rastafaris para fechar o segundo dia de desfiles.

Todos os modelos da 38 Edição da ModaLisboa são penteados com produtos L'Oréal Professionnel. 

sexta-feira, 9 de março de 2012

Ricardo Preto - 09.03.2012


 Uma àrvore branca com folhas verdes dava as boas vindas ao Pátio da Galé no desfile do Ricardo Preto. Uma colecção que encontra a inspiração na natureza e no sol da estação fria que percorre e define a costa.  Pretende misturar as mulheres com o infinito da “Luz Atlântica” que há cem anos viajou até ao presente num raio branco e que nos trespassa e arrepia.  Uma colecção que vai até ao mais primitivo para resgatar uma feminilidade marcadamente masculina carregada de força e coragem.
 
Os cabelos apareceram em rastas, apanhados, mais bem atados de forma descontraída. O cabelo, puxado para atrás, deixava o rosto da modelo ao descoberto para dar protagonismo à sua feminilidade. Penteados que evocavam a Índia e relembravam a passada colecção cruzeiro de uma grande firma francesa.
 
O desfile abriu com looks em branco em diferentes tecidos, texturas e nuances. Aos poucos abriram-se passo tons verdes e castanhos extraídos da natureza. Camisolas oversized de tricô com figuras de animais selvagens sobre saias em pele.  Casacos com corte marcadamente masculino e dupla abotoadura que conferiam um ar militar. Viram-se também duas propostas em tweed preto ornamentado com incrustações de pedras, toques de rosa choque em calças e vestidos plissados que contrastavam com o preto.  Uma colecção que mostra uma mulher em contacto com si mesma e com a natureza.
 
O público aplaudiu com emoção a saída do Ricardo Preto após o carrossel final de uma colecção bem construída, consistente e com uma transição harmoniosa.

Dino Alves - 09.03.2012


"Sombra brilhante" é o nome da Colecção O-I 12/13, uma colecção que busca a inspiração nos segredos que se escondem por trás da escuridão. As sombras permitem que a personalidade se mostre na sua pureza, sem medo dos prejuízos ou julgamentos dos olhos alheios. As sombras são ao mesmo tempo responsáveis pela espontaneidade, pela liberação necessária para o desenvolvimento humano.  Esta colecção revela sob a forma de silhuetas e jogos de cor o que somos e o que não somos, o que é e o que parece ser, tal como acontece quando se observa uma sombra.
 
Os cabelos dos modelos, tanto nos homens como nas mulheres, apareceram cobertos por pedaços de popelina preta que simulavam ideias que flutuam na mente sem acabar de se materializar. Cabelos apanhados e colados ao couro cabeludo para dar ideia de cabeças limpas habitadas apenas por ideias. Um jogo inteligente por parte da equipa criativa que soube expressar um conceito à partida complexo.
 
O desfile começou com vestidos cinzentos sob os quais projectaram-se jogos de luzes e sombras. Vestidos cinzentos com costas em veludo beringela que evocam a escuridão da noite.  Estampados em branco e preto que queriam ser tridimensionais, com apontamentos de vermelho nas costuras e golas.  Discretamente apareceu um padrão dourado que aos poucos foi abrindo o seu caminho para acabar por roubar o protagonismo ao cinza inicial.  silhuetas longilineas e justas, curtas e oversized ao mesmo tempo em lãs, viscoses, sedas, veludo, sarja e popelina.
 
Para os homens a proposta partiu do degradé do cinzento ao branco com aplicações da mesma popelina que cobria os seus cabelos. Aos poucos introduziu-se a cor através do print dourado para acabar em camisas rosa choque.  Calças em degradé com a parte traseira em veludo algodão para um homem que não teme ser original e brincar com volumes e superposições.  Destacam os bolsos das calças com as costuras no exterior dando volume às peças.
 
O designer fechou o desfile sobre o palco desvanecendo a sua própria silhueta com o estalar dos dedos para mostrar a facilidade com que tudo pode virar sombra.

Katty Xiomara - 09.03.2012


O desfile da Katty Xiomara arrancou com o habitual carrossel de encerramento em que até a designer saiu dos bastidores a cumprimentar o público. Atónitos e desorientados os assistentes bateram palmas sem saber se o desfile tinha de facto chegado ao seu fim. Após um incómodo silencio a música anunciava que o desfile iria continuar. Um inicio que servia para lançar a reflexão do peso que têm as tradições passadas na evolução futura.
 
Os cabelos das modelos, apanhados em estruturas cónicas davam altura às modelos. Uma reinterpretação do clássico chignon numa colecção que pretendia reinventar o retro desde uma mira futurista. Uma única madeixa de cor ornamentava os cabelos, contrastando com a cor natural dos cabelos das manequins. Óculos pintados no rosto das modelos que completavam um look de escritório retro futurista. 
 
A colecção mostrou peças em cores quase que primárias que surgem aciduladas e marcam blocos de luminosidade e elegância.  Azul e preto dominaram a colecção que foi-se suavizando até chegar aos tons pasteis do final e pequenos apontamentos de prints florais primaverais.   Peças práticas e sincronizadas que compõem e descompõem-se para permitir a sua utilização de forma inteligente e divertida. Tecidos esponjosos e leves, texturados e lisos com acabamentos de renda epeças limpas e depuradas.  Destaca a reinterpretação da capelina em diferentes comprimentos e texturas, dando destaque aos ombros e ao peito com fechos laçados.  

V!tor - 09.03.2012


Um registo da morte por assassinato anunciava uma colecção escura, até tétrica em alguns momentos. V!tor admite estar à procura da sua identidade, um processo de maturidade que nesta ocasião passa pela própria morte e ressurreição. O desfile a passo muito lento relembrava aos zombies.
 
Como os zombies, os modelos estavam caracterizados para simular feridas e nódoas. Os cabelos apanhados numa rede que parecia pretender querer preservá-lo para a posteridade, eram lisos e penteados com risco ao meio. Os homens com cortes curtos e muito masculinos estavam penteados com um risco marcado ao lado direito. Em muitas saídas os cabelos estavam tapados por chapéus reinventados que conseguiam ter até 3 viseiras. 
 
Na roupa domínio total do preto e das silhuetas oversize. T-shirts e camisolas largas, rasgadas e desfiadas para simular o passo do tempo pelas peças deixando à mostra a pele das modelos que contratava com o preto das peças.  Calças extremamente justas para eles e elas numa colecção que utiliza a malha de algodão como tecido base. Aplicações com símbolos motoqueiros que conferem urbanidade a umas prendas que querem ser underground.
 
Como curiosidade os tocados dos modelos, a modo de véu, que em alguma ocasião dificultava-lhes o passo, confirmando que a moda às vezes é perigosa.

Backstage ModaLisboa - 08.03.2012


Sobre a passarela de ModaLisboa desfilaram 4 colecções onde o cabelo teve um importante papel na culminação da mensagem que se pretendia transmitir.  Cabelos compridos, com brilho onde predominou o efeito natural.  Desfilaram louros quentes, louros platinados, castanhos intensos e viram-se tímidos ruivos em concordância com a estação invernal.

SayMyName - cabelos apanhados em rabos de cavalo altos com as pontas presas formando um chignon que relembrava os penteados dos antigos samurais.  Tranças laterais com aplicações metálicas que ornamentavam uma mulher guerreira.

White Tent - cabelos muito compridos, apanhados em chignons descontraidos à forma das bailarinas para transmitir a mesma descontração que a propria colecção.  

Lidjia Kolovrat - apanhados asimétricos e arrojados para uma mulher em busca da reinvenção.  Cabelos extra lisos para transmitir o futurismo que envolve toda a colecção.  Os homes com cabelos lisos e brilhantes.  

Luis Buchinho - modelos com risca ao meio e franjas que caiam suavemente sobre o rosto das manequins.  Suaves e largas ondulações ao longo dos comprimentos para uma mulher urbana que procura um novo pragmatismo cheio de sensualidade.


Todos os modelos da 38 Edição ModaLisboa são penteados com produtos L'Oréal Professionnel - Patrocinador Oficial Cabelos

quinta-feira, 8 de março de 2012

Luís Buchinho - 08.03.2012


O fecho do primeiro dia de ModaLisboa correu ao cargo do Luís Buchinho, que soube despedir a todos os assistentes ao evento com um sorriso de satisfação. Uma colecção que demonstra o domínio da costura e do corte por parte do estilista para dar vida a uma mulher actual, inspirada em tudo aquilo que nos rodeia nas cidades, nomeadamente as ruas portuguesas revestidas a calçada.  Elementos geométricos que se reflectem nos padrões de uma colecção muito feminina e elegante sem perder de vista peças casual que reafirmam a inspiração urbana.
Os cabelos apresentados por Luís Buchinho eram simples, fugindo de todo tipo de protagonismo do penteado. Cabelos soltos com ondas largas ao longo dos comprimentos para dar movimento e textura ao cabelo. O risco ao meio partia o cabelo que caia ligeiramente sobre os ombros das modelos. Cabelos brilhantes, saudáveis e cheios de vitalidade para completar o visual de uma mulher dos dias de hoje.
A mulher imaginada por Buchinho destaca pela sua feminilidade, uma sensualidade inteligentemente contida que só é revelada com a utilização inteligente da tesoura do alfaiate.  Peças simples mas com atenção a detalhes artesãos como aplicações em pele para as bainhas, golas e mangas. Plissados que aparecem magicamente colocados em cinturas e costas para dar destaque às partes mais femininas das modelos e movimento às prendas. Vestidos com linhas próximas do corpo, calças cigarro, peças de malha oversize e casacos curtos ou três quartos de inspiração masculina.  
As cores do desfile foram o preto, marinho, azul petróleo, tons pedra e branco.  Estampados digitais inspirados nas calçadas portuguesas pontuam toda a colecção como expressão máxima do tema. 

Lidija Kolovrat - 08.03.2012


 No nosso lugar no front-row recebeu-nos com uma nota: "I see myself in your eyes", uma declaração da designer que pretendia reflectir na sua Colecção O/I a forma em que somos influenciados pele maneira em que os outros nos vêem. Kolovrat deixa claro que o que os outros vêem não é o nosso interior como pessoas, e uma pessoa começa a definir-se desde dentro para depois exteriorizar aquilo que nos torna únicos.
 
As modelos de Lidija Kolovrat desfilaram com os cabelos em apanhados assimétricos, onde metade da cabeleira estava apanhada enquanto a outra metade permaneceu solta.  Uma proposta de vanguarda que deixava protagonismo aos chapéus de asa larga com aplicações de cabelo natural.  A proposta de cabelos masculina encontra como ponto focal a naturalidade, para apresentar modelos com cabelos limpos e naturais.  Os liso dos cabelos acentua-se com um ligeiro alisamento com ferro de alisar sem transmitir a imagem de cabelo trabalhado. 
 
Um modelo masculino abriu o desfile com um visual preto para dar destaque aos detalhes de cor do padrão da sua camisa. Traços roxos e verde flúor, reflexos do interior que luta por sair.  As peças são um estudo de mesmas, onde a designer vai além da estética e questiona o porquê dos elementos que compõem cada peça.  Ai é onde Kolovrat encontra um jogo para rodar, trasladar e reinventar para dar lugar a  dobras nos joelhos das calças, pequenos cortes nas costuras laterais das peças que abrem novas possibilidades de movimento, costuras que passam ao exterior dos vestidos para ganhar protagonismo dentro dos mesmos.
 
A proposta masculina jogava com a superposição de diferentes tecidos e matérias criando estruturas e camadas que convivem por si mesmas mas que fundem-se numa única peça.  O preto ganha protagonismo na gama cromática que reserva as outras cores para padrões e forros de casacos.  Detalhes que cobram protagonismo na estação invernal.  Para a mulher as formas reinterpretam-se.  Casacos de viscosa arquitectónicos com jogos de volumes e superposições.  Vestidos que parecem construído por um milagre e que no momento menos esperado podem vir a se desconstruir.
       
Uma colecção construída à volta de silhuetas que enfatizam a verticalidade e a envolvência do corpo. 

White Tent - 08.03.2012


O segundo desfile do dia, a marca White Tent, teve lugar num cenário infrequente neste tipo de eventos: um banco.  A novidade desta edição de ModaLisboa foi gratamente surpreendente e a longa passarela, as vezes estreita, foi recebida com a aprovação dos  presentes.
 
Os cabelos deste desfile apareceram na forma de chignons no topo da cabeça como os das bailarinas do ballet.  Apanhados descontraídos que pareciam ter sido feitos pela própria modelo, como se tivesse pressa por sair à passarela. Cabelos compridos e brilhantes com uma aparência extremamente natural. Uma proposta de visual jovem para as clientes da marca.
 
White Tent é uma marca urbana, que não disfarça nem pretende disfarçar as suas raízes. Roupa jovem para mulheres jovens que procuram o conforto para o dia a dia. Uma atitude minimal e desportiva perante o dia a dia.  Vestidos de malha jersey cinzenta, leggings monocromáticos e t-shirts com aspirações de blusas.  As cores que se viram na passarela foram predominantemente nuances de cinza, desde o cimento até ao carvão. Houve aparições de azul cobalto e coral que trouxeram alegria ao reino do cinza. Os casacos em tecidos tecnológicos em tons acobreados e azuis metalizados com volumes modernos e desenfadados.
 
Uma proposta jovem, divertida e actual para uma marca que lançava a sua tenda on-line.

SayMyName - 08.03.2012

  



A nota de imprensa já avisava-nos que os samurais eram a inspiração da colecção e desde o inicio a ideia ficou clara para todo o mundo. Musica de tambores e sinos trasladavam o espectador a um mundo oriental onde o antigo guerreiro da aristocracia japonesa voltava à vida.
 
Os cabelos, apanhados para não interferir no campo de visão da guerreira, apareceram na passarela em rabos de cavalo altos e brilhantes. Nos laterais da cabeça, como se fossem verdadeiros ornamentos de guerra, aplicações de metal cobriam tranças que nasciam na franja e acabavam no rabo de cavalo.  Um efeito "icing" no topo da cabeleira para controlar e disciplinar os cabelos.
 
As peças que desfilaram sobre a passarela recriavam os antigos kimonos, silhuetas oversize para um look descontraído e confortável.  Os casacos, como verdadeiras armaduras que protegem o guerreiro que as veste, tinham solidez e força. As saias, de linha evasse, como as dos antigos samurais não mostravam o joelho das modelos. Camisolas e vestidos com aplicações de malha metálica que conseguiam abrir um parêntesis na monocromia do desfile, maioritariamente preto e ocre.  Cor que também apareceu com a chegada do lavanda e do cinza mescla que davam suavidade a uma mulher guerreira e forte. Os sapatos, com aplicações de lã, relembravam os bois da Mongólia. Um detalhe que não passo desapercebido a ninguém.
 
Um especial menção merecem as jóias de Olga Noronha. Estruturas que cobriam as modelos como verdadeiros escudos de alguém que sai ao campo de batalha.

Calendário para o dia 08/03/2012




ModaLisboa começa hoje e L'Oréal Professionnel garante-lhe um lugar no front-row dos seguintes desfiles:

  18:00H - SayMyName (LAB) | Sala A
  19:00H - White Tent | Sala B
  20:00H - Lidija Kovorat | Sala C
  21:00H - Luís Buchinho | Sala C

Pode acompanhar em tempo real todos os desfiles através do Facebook L'Oréal Professionnel Portugal e do Twitter (@lorealprofes_pt).

Não perca nenhum detalhe de tudo o que acontece no maior evento de moda do país.

quarta-feira, 7 de março de 2012

A 38 Edição da Moda Lisboa pela mão de L'Oréal Professionnel Portugal

L'Oréal Professionnel Portugal oferece-lhe um acesso exclusivo a tudo o que aconteça durante os 4 dias do evento de moda mais importante do país. 

Acompanhe, em tempo real, todos os desfiles dos maiores criadores do panorama nacional através do LIVESTREAM no Facebook L'Oréal Professionnel Portugal.

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Aqui, no nosso blog, encontrará no final de cada dia um comentário e uma galeria de fotografias exclusivas para cada proposta mostrada nas tendas de ModaLisboa.

VIVA A MODALISBOA COMO NUNCA ANTES PELA MÃO DE L'ORÈAL PROFESSIONNEL PORTUGAL.