sexta-feira, 9 de março de 2012

V!tor - 09.03.2012


Um registo da morte por assassinato anunciava uma colecção escura, até tétrica em alguns momentos. V!tor admite estar à procura da sua identidade, um processo de maturidade que nesta ocasião passa pela própria morte e ressurreição. O desfile a passo muito lento relembrava aos zombies.
 
Como os zombies, os modelos estavam caracterizados para simular feridas e nódoas. Os cabelos apanhados numa rede que parecia pretender querer preservá-lo para a posteridade, eram lisos e penteados com risco ao meio. Os homens com cortes curtos e muito masculinos estavam penteados com um risco marcado ao lado direito. Em muitas saídas os cabelos estavam tapados por chapéus reinventados que conseguiam ter até 3 viseiras. 
 
Na roupa domínio total do preto e das silhuetas oversize. T-shirts e camisolas largas, rasgadas e desfiadas para simular o passo do tempo pelas peças deixando à mostra a pele das modelos que contratava com o preto das peças.  Calças extremamente justas para eles e elas numa colecção que utiliza a malha de algodão como tecido base. Aplicações com símbolos motoqueiros que conferem urbanidade a umas prendas que querem ser underground.
 
Como curiosidade os tocados dos modelos, a modo de véu, que em alguma ocasião dificultava-lhes o passo, confirmando que a moda às vezes é perigosa.

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