sexta-feira, 9 de março de 2012

Ricardo Preto - 09.03.2012


 Uma àrvore branca com folhas verdes dava as boas vindas ao Pátio da Galé no desfile do Ricardo Preto. Uma colecção que encontra a inspiração na natureza e no sol da estação fria que percorre e define a costa.  Pretende misturar as mulheres com o infinito da “Luz Atlântica” que há cem anos viajou até ao presente num raio branco e que nos trespassa e arrepia.  Uma colecção que vai até ao mais primitivo para resgatar uma feminilidade marcadamente masculina carregada de força e coragem.
 
Os cabelos apareceram em rastas, apanhados, mais bem atados de forma descontraída. O cabelo, puxado para atrás, deixava o rosto da modelo ao descoberto para dar protagonismo à sua feminilidade. Penteados que evocavam a Índia e relembravam a passada colecção cruzeiro de uma grande firma francesa.
 
O desfile abriu com looks em branco em diferentes tecidos, texturas e nuances. Aos poucos abriram-se passo tons verdes e castanhos extraídos da natureza. Camisolas oversized de tricô com figuras de animais selvagens sobre saias em pele.  Casacos com corte marcadamente masculino e dupla abotoadura que conferiam um ar militar. Viram-se também duas propostas em tweed preto ornamentado com incrustações de pedras, toques de rosa choque em calças e vestidos plissados que contrastavam com o preto.  Uma colecção que mostra uma mulher em contacto com si mesma e com a natureza.
 
O público aplaudiu com emoção a saída do Ricardo Preto após o carrossel final de uma colecção bem construída, consistente e com uma transição harmoniosa.

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