Alexandra
Moura encerrou o primeiro dia de desfiles da 42ª Modalisboa com um conceito de
inspirações e contrastes entre a tribo de Handramaut, no Yémen, e a obra do
artista plástico Pires Vieira. As chamadas
“bruxas de Hadramaut” deslizaram sobre a passerelle sugerindo uma imagem
mística que nos transportou para outros mundos de elevados seres. No conceito
desta colecção, o masculino e o feminino fundem-se. A aproximação de ambos os
sexos revela uma nova aventura neste contexto e nesta temática. O desfile contou ainda com a presença de Paulo Pires a dar início ao desfile.
Os modelos de
Alexandra Moura, penteados pela equipa de Cristina Peixoto, ostentaram várias
extensões de cabelo negro dar o aspecto mais soturno das bruxas que inspiraram
o tema da colecção. Os chapéus cónicos serviram de acessório a esta colecção,
assim como colares de madeira bastante imponentes que prendiam os cabelos no
seu interior. A cara dos modelos tinha como que uma faixa negra nos olhos, com
salpicado de negro, tornando todo o conceito ainda mais autêntico.
A silhueta
alargou e tornou-se mais escorrida e mais coberta. A marcação das cinturas
comunica a silhueta de Hadramaut. Os motivos, da obra de Pires Vieira, trazem
uma nova linguagem à silhueta. Os detalhes mais clássicos misturam-se com os
mais sport que se tornam, aqui, fundamentais para toda a imagem, trazendo à colecção
uma linguagem sofisticada, urbana e muito contemporânea. Algodão, lã, caxemira,
jersey, felpa e microfibra em tons de pretos, cinzas, azul índigo e um apontamento
de bege deram o mote à colecção da designer.
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