terça-feira, 12 de março de 2013

Luís Buchinho - 09.03.2013


O primeiro desfile do dia correu a cargo de Luis Buchinho, numa passerelle improvisada por baixo dos arcos do Terreiro do Paço.  Uma colecção que se centra na afirmação da identidade feminina através de silhuetas fortes e afirmativas, e que tem como referência a Revolução de Abril de 1974.  Prints criados com metralhadoras simulando o padrão do xadrez escocês ou houndstooth e cravos vermelhos adornavam as peças do criador.  Influências do vestuário masculino com peças estruturadas, de ombros marcados e cortes rectos.  Uma nova mulher da Revolução vestida de prêt-à-porter.   

Os cabelos das modelos apareceram livres, caindo com fluidez sobre os ombros das modelos.   Textura ao longo dos comprimentos, criada através de chignons que foram desconstruídos nos instantes prévios ao desfile, para dar movimento ao cabelo.  Um visual natural para uma mulher que procura liberdade.

Construções geométricas em diagonais, com detalhes assimétricos e grafismos inspirados nos ícones da Revolução compõem uma colecção marcadamente urbana.  O conceito de resistência e força vê-se reforçado por materiais como pele, lãs feltradas, crepes e tweeds.  Peças que criam sobreposição de texturas e volumes para dar movimento e fluidez à roupa.  As grandes lapelas ganham protagonismo nos casacos, vestidos e coletes.  Delicadas saias com folhos por baixo de casacos com ombros marcadamente masculinos para criar uma interessante oposição de identidades.  A paleta cromática reduz-se a três cores: vermelho, branco e preto. 

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